Sumário
Prática amplamente difundida, a lavagem nasal traz grandes benefícios à sua saúde. Aprenda aqui a forma correta de realizá-la.
Considerada como um pilar importante no tratamento de rinites e sinusites, ela também é considerada uma forma de prevenção de doenças respiratórias, além de ser de baixo custo e de fácil realização.
BENEFÍCIOS DA LAVAGEM NASAL
- Umedece a mucosa nasal
- Remove alérgenos das narinas
- Remove secreções
- Diminui a obstrução nasal
- Alivia irritações nasais
- Essencial em pós operatórios nasais
QUAL IDADE INICIAR A LAVAGEM NASAL?
Todas as faixas etárias se beneficiam da lavagem nasal, desde o recém nascido ao idoso. Cada idade merece uma atenção especial, utilizando volumes diferentes.
COMO REALIZAR A LAVAGEM NASAL?
MATERIAL NECESSÁRIO
SOLUÇÃO FISIOLÓGICA 0,9%
A solução pode ser comprada (dê preferência as garrafas com maiores volumes pois vão render mais) ou você mesmo pode fazer a sua solução fisiológica caseira.
- Solução fisiológica caseira: 240 ml de água filtrada + 2 colheres (chá) de sal + 1 colher (chá) de bicarbonato.
- Deve ser utilizada imediatamente após realizar a mistura.
- Se não for possível ou se for feita uma solução de volume maior, manter na geladeira por no máximo 24 horas.
- A lavagem deve ocorrer com a solução fisiológica em temperatura ambiente, portanto, se for necessário manter a solução na geladeira, a retire alguns minutos antes do uso, para que ela fique na temperatura ideal.
SERINGA
- Seringa 1, 5, 10 ou 20 ml – de acordo com a idade, no geral, sugerimos os seguintes volumes de acordo com a faixa etária:
- Recém nascidos até o primeiro mês: seringa de 1 ml
- 2 meses à 1 ano: seringa de 5 ml
- A partir de 1 ano: seringa de 10 ml
- Crianças maiores e adultos: seringa de 20 ml
DISPOSITIVOS PARA LAVAGEM NASAL
Existem no mercado opções excelentes que substituem a seringa, para uma lavagem nasal mais prática.
São pequenas garrafas com volume de 240 ml para adultos e 120 ml para crianças maiores, para aplicação direta intra-nasal.
TÉCNICA
COMO FAZER
- FLEXIONAR O TRONCO E A CABEÇA PARA A FRENTE, DE FORMA QUE PERMANEÇA OLHANDO PARA A PIA.
- ABRIR BEM A BOCA
- APLICAR O SORO COM UMA LEVE PRESSÃO – NÃO SE DEVE REALIZAR GRANDES PRESSÕES, O IMPORTANTE É O VOLUME UTILIZADO
- REPETIR NA OUTRA NARINA
- RESPIRE SEMPRE PELA BOCA
- EVITE ENGOLIR A SOLUÇÃO
O soro sairá pela outra fossa nasal, pela garganta ou pela própria narina que foi iniciada a lavagem.
Por onde sairá, depende do grau de obstrução nasal. Muitas vezes a mucosa pode estar congestionada ou o paciente pode já possuir alterações obstrutivas, como por exemplo, desvio septal, que pode impedir que o soro saia pela garganta ou pela outra fossa nasal, o que não quer dizer que a lavagem não esteja sendo eficaz.
O QUE NÃO FAZER
- Estar deitado
- Deixar a cabeça inclinada para trás
- Lavagem em crianças e adultos que estejam dormindo ou sonolentos
- Lavagem em crianças e adultos com doenças neurológicas e com risco de broncoaspiração
- Aspirar pela narina o soro fisiológico que está sendo aplicado
- Tampar a outra narina
Todas essas orientações são para evitar o principal risco da lavagem nasal realizada com a técnica inadequada: aumento das pressões nos ouvidos.
A explicação é que na região chamada de rinofaringe (fundo das fossas nasais) possuímos a tuba auditiva (uma de cada lado), que forma uma conexão do nariz com o ouvido médio (local onde se formam as otites médias).
Se a lavagem nasal é realizada com grande pressão e na posição errada da cabeça, existe a chance do soro e secreções passarem por essa região e favorecer um quadro de otite média aguda.
Portanto, sentir dor nos ouvidos, pressão ou sensação de entupimento (plenitude auricular), indica que a técnica não esta sendo realizada corretamente.
FREQUÊNCIA DA LAVAGEM NASAL
Em pacientes assintomáticos, aconselha-se a lavagem 1x ao dia. É uma ótima forma de evitar infecções de repetição além de deixar a mucosa hidratada e livre de alérgenos e secreções.
Em pacientes com resfriados, sinusites e rinites sem controle, a frequência inicial deve ser de 3x ao dia, podendo aumentar de acordo com a necessidade individual.
HIGIENE DO MATERIAL
Tanto as seringas quanto os dispositivos de lavagem nasal não devem ser compartilhados.
Logo após sua utilização, lavar em água corrente com detergente ou sabão e secar. Mantê-la em local seco e arejado.
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