O ronco é o som emitido pela vibração das estruturas que compõem nossa via aérea superior. Ele pode ser de origem primária ou secundária.
O ronco de origem secundária ocorre quando há uma associação com a apneia obstrutiva do sono (AOS).
A apneia obstrutiva do sono é a obstrução completa ou parcial das vias aéreas durante o sono e, como consequência, leva a despertares e à diminuição da oxigenação no sangue.
Mas qual a relação entre roncos e apneia?
Nem sempre a presença de ronco em um indivíduo indica que ele também possui apneia associada; no entanto, a ausência de ronco torna o diagnóstico de apneia improvável.
Isso quer dizer que o ronco é o sintoma que está presente em quase todos os pacientes que possuem um quadro de apneia.
Portanto, pacientes que roncam devem ficar atentos e buscar avaliação do otorrinolaringologista para descobrir as causas e excluir ou confirmar a apneia do sono.
O diagnóstico precoce da apneia e o seu correto tratamento são fundamentais para a melhora da qualidade de vida e longevidade.
Qual é o médico que trata de roncos e apneia?

O médico especialista que trata de roncos e apneia é o otorrinolaringologista.
Médica, com 10 anos de experiência, otorrinolaringologista com Título de Especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL) e Título de Especialista pelo MEC, pelo Hospital Federal do Andaraí - RJ.
Dra. Camilla Ferreira tem formação em Medicina do Sono pelo Instituto do Sono em São Paulo – SP e é a especialista com experiência e capacitada para tratar dos seus roncos e/ou apneia.
Como otorrinolaringologista, minha missão é oferecer um cuidado personalizado e acolhedor para cada paciente.
Minha abordagem combina conhecimento científico com medicina humanizada, buscando sempre o protocolo de tratamento mais eficaz.
Com experiência em otorrinolaringologia, me dedico a diagnosticar e tratar Ronco e Apnéia Obstrutiva do Sono.
Minha meta não é apenas tratar a doença, mas também promover a sua saúde e o seu bem-estar.
Veja o que alguns pacientes dizem sobre a Dra. Camilla:



sumário
- Qual é o médico que trata de roncos e apneia?
- O que é o ronco?
- Como ocorre o ronco na apneia?
- O que é a apneia obstrutiva do sono (AOS)?
- Quais são as causas do ronco e apneia?
- Sintomas da apneia obstrutiva do sono
- Como é feito o diagnóstico?
- Como é feito o tratamento?
- Como funciona o CPAP?
- Qual o impacto da apneia obstrutiva do sono na saúde?
- Medidas de redução e prevenção da apneia obstrutiva do sono
- Considerações importantes
O que é o ronco?

Como já dito, ronco é o som emitido pela vibração das estruturas que compõem nossa via aérea superior.
A obstrução em qualquer ponto dessa via aérea (como nariz ou garganta) e/ou um relaxamento exagerado e flacidez da musculatura da garganta podem levar à essa condição.
Apesar de ser uma queixa comum na população geral, não é normal.
As queixas de roncos devem ser muito bem avaliadas para o seu correto tratamento.
Como ocorre o ronco na apneia?

Enquanto dormimos, toda a nossa musculatura relaxa. Dentre as principais que podem levar aos roncos, podemos citar a língua, palato mole e a faringe.
Com isso, ocorre um estreitamento da nossa via aérea, dificultando a passagem de ar.
Esse estreitamento promove a vibração das estruturas, e os tecidos que vibram produzem o ronco.
Em casos mais graves, há um fechamento completo dessa via de passagem do ar, que impede a respiração por alguns segundos, o que pode levar ao quadro de apneia obstrutiva do sono.
Esse fechamento leva à baixa saturação de oxigênio no sangue, que envia um comando para o cérebro, levando ao despertar, e assim, a respiração retoma.
Pacientes com apneia grave, podem fazer esse ciclo mais de 30 vezes por hora.
Esses despertares nem sempre são percebidos pelo paciente, mas geram consequências como, por exemplo, queixas de sono não reparador, cefaleia matinal e sonolência excessiva diurna.
O que é a apneia obstrutiva do sono (AOS)?
Segundo os dados do EPISONO, estima-se que 33% da população de São Paulo, possui apneia obstrutiva do sono.
A apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução completa ou parcial das vias aéreas durante o sono e, como consequência, leva a despertares e à diminuição da oxigenação.
Para caracterizarmos o distúrbio, de acordo com a 3ª Classificação Internacional dos Distúrbios de Sono (ICDS-3) no adulto, levamos em consideração o índice de eventos por hora e os sintomas e/ou doenças, como hipertensão arterial sistêmica, doença coronariana, doença cerebrovascular, insuficiência cardíaca, diabetes tipo 2, alteração cognitiva ou depressão.
Além disso, um índice moderado de apneia já é o suficiente para diagnosticarmos o distúrbio, mesmo na ausência de sintomas.
Quais são as causas do ronco e apneia?
São diversas as causas para ronco e apneia, citamos algumas abaixo.
- Alterações anatômicas
Desvio septal e hipertrofia de cornetos nasais

Hipertrofia de amigdalas e adenóide (principal fator da apneia em crianças)

Língua volumosa
Palato mole posteriorizado e úvula alongada
Relaxamento e flacidez da musculatura da garganta
- Estilo de vida
Consumo de álcool
Sedativos ou relaxantes musculares
Tabagismo
Obesidade

- Doenças e condições médicas
Rinite e/ou sinusite
Hipotireoidismo
Doenças neuromusculares
Refluxo gastroesofágico
Menopausa
Sintomas da apneia obstrutiva do sono

Roncos | Cansaço |
Sonolência excessiva diurna (SED) | Dificuldade na concentração |
Dor de cabeça pela manhã | Alteração de humor ou Déficit cognitivo |
Sono não reparador | Levantar para urinar com frequência à noite |
Apneia presenciada pelo companheiro | Despertares |
Insônia | Alteração na libido |
Como é feito o diagnóstico?
Os roncos são facilmente percebidos pelas pessoas do próprio convívio domiciliar.
Já a apneia, apesar de muitas vezes ser presenciada por familiares ou até descrita pelo próprio paciente como sensação de sufocamento, necessita de um exame complementar chamado polissonografia.
Nesse exame, considerado padrão-ouro, podemos caracterizar quantos eventos de apneia e/ou hipopneia o indivíduo faz por hora de sono e a sua gravidade, assim como definir um ronco primário (sem apneia associada).
A Polissonografia Basal é um exame que estuda o sono. Ela é realizada em uma clínica (laboratório) de sono. O paciente se desloca até a clínica para dormir no local, terminando o exame pela manhã.
A polissonografia engloba as seguintes avaliações:
- Eletroencefalograma
- Eletro-oculograma
- Eletromiograma
- Eletrocardiograma
- Fluxo aéreo
- Oximetria
- Esforço respiratório
- Movimentos corporais e sensor de posição
Ela também pode ser realizada em domicílio (polissonografia do tipo II).
A diferença entre ambas é a ausência de um técnico presente quando realizado em domicílio. O exame quando realizado no laboratório do sono, poderá contar com o técnico para fazer ajustes caso haja alguma interferência nos canais analisados, visto que ele acompanha em tempo real o exame.
É muito importante frisar que, apesar da polissonografia domiciliar ser muito mais cômoda para o paciente, muitas vezes não é o exame de escolha.
Fatores como a presença de determinadas doenças e IMC acima de 40kg/cm2 serão determinantes para essa escolha.
Ainda existem outras opções de polissonografias, que podem ser realizadas de acordo com cada caso.
A diferença é que a avaliação não é tão completa como a polissonografia basal em laboratório.
São eles:
- Polissonografia do tipo III
- Polissonografia do tipo IV
Como é feito o tratamento?
Muitas vezes precisamos associar tratamento cirúrgico e não cirúrgico no mesmo paciente.
Por isso, a avaliação individualizada com um exame físico completo e exames complementares são de extrema importância para o sucesso terapêutico.
Ponderamos diversos fatores, como idade do paciente, IMC, doenças associadas, alterações anatômicas das estruturas do nariz e faringe, e presença e gravidade da apneia.
Citamos abaixo os tratamentos mais frequentemente utilizados.
Não cirúrgico
- CPAP
- Aparelhos intra-orais de avanço mandibular (AIOam)
- Redução de peso
- Terapia posicional: evitar dormir de barriga para cima.
- Fonoterapia
Cirúrgico
- Cirurgias nasais: correção do septo e dos cornetos nasais, remoção de pólipos e correção de válvula nasal. Assim como, identificação e tratamento de rinossinusite crônica
- Cirurgias de garganta (faríngeas)
- Amigdalectomia e adenoidectomia
- Cirurgia de base de língua
- Cirurgias crânio-faciais: como as cirurgias de avanço maxilomandibular (AMM)
Como funciona o CPAP?


O CPAP é um dispositivo que fornece uma pressão de ar positiva por meio de uma máscara nasal ou oronasal (quando a máscara acopla tanto o nariz quanto a boca).
A ideia é que essa pressão positiva impeça a oclusão das vias aéreas superiores durante o sono.
Com isso, a fragmentação do sono (despertares) causada pela apneia é reduzida, além de inibir os roncos.
Qual o impacto da apneia obstrutiva do sono na saúde?
As consequências da apneia são diversas, principalmente relacionadas ao sistema cardiovascular e ao aumento da mortalidade.
- Hipertensão arterial
- Fibrilação atrial
- Síndrome metabólica
- Doença coronariana
- Insuficiência cardíaca
- Acidente vascular cerebral
Medidas de redução e prevenção da apneia obstrutiva do sono
Manter um estilo de vida saudável é o primeiro passo.



Sobrepeso e obesidade: O excesso de peso é o principal fator de risco para a apneia obstrutiva do sono.
Aproximadamente 60-90% dos pacientes com diagnóstico de apneia apresentam sobrepeso ou obesidade.
A apneia é duas vezes mais frequente na população de obesos em relação nos indivíduos magros e a perda de peso é capaz de reduzir a gravidade da apneia.
Atividade física: Mesmo que não haja perda de peso significativa, verificou-se que a atividade física em si tem papel na melhora da apneia.
A atividade física promove um aumento do estágio profundo do sono (normalmente menos suscetível a apneia) e diminui o acúmulo de líquidos de membros inferiores (edema) que também é um fator de piora da apneia.
Medidas posturais: Evitar a posição supina (de barriga para cima) na hora de dormir, pois mais da metade dos pacientes apresentam aumento dos eventos respiratórios quando estão deitados de barriga pra cima.
Tratar doenças associadas: tratamento de rinite e sinusite, controle do hipotireoidismo, assim como refluxo gastroesofágico.
Menopausa: Mulheres na menopausa se tornam mais susceptíveis ao surgimento da apneia obstrutiva do sono devido à baixa de hormônios e deve ser avaliada para um tratamento correto.
A indicação ou não da terapia de reposição hormonal deve ser discutida individualmente, possuindo suas indicações e contra-indicações.
Considerações importantes
A apneia obstrutiva do sono traz impactos impressionantes na saúde dos indivíduos.
Algumas vezes ela pode se mostrar silenciosa, trazendo poucas consequências físicas ao paciente (como pouca sonolência durante o dia ou um quadro de depressão ou hipertensão arterial mal controlada, por exemplo), podendo então ser minimizada ou até passado desapercebida.
No entanto, como já dito, as consequências são potencialmente graves, quando não tratada precocemente e corretamente.
Fique sempre atento ao seu sono, você deve se sentir renovado e disposto após as horas de sono.
A sonolência não deve fazer parte da sua rotina, como algo “normal”, muito menos os roncos frequentes.
Os exames estão cada vez mais sensíveis para diagnósticos certeiros e devem sempre ser realizados quando há suspeita de roncos ou apneia.
Dra. Camilla é a especialista indicada para tratar dos roncos e apneia obstrutiva do sono.
Ao identificar as causas , podemos buscar o tratamento adequado e recuperar a sua qualidade de vida.
Agende uma consulta e descubra como podemos te ajudar a respirar melhor.
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